A administração da Casa Branca está se preparando para introduzir novas tarifas sobre as importações provenientes da China. As discussões estão em andamento, já que a questão "China" é mais complexa que a da "Índia". Desta vez, os Estados Unidos têm queixas contra a China relacionadas ao fim do conflito militar na Ucrânia, tema pelo qual Donald Trump tem defendido ativamente.
Não entraremos aqui nos motivos pessoais de Trump para querer encerrar a guerra na Ucrânia, mas sim nas medidas que o presidente norte-americano pode adotar para atingir esse objetivo e sua possível eficácia.
O primeiro país a ser penalizado por não contribuir para o fim da guerra foi a Índia. Trump concluiu que, por comprar petróleo, gás e armas da Rússia, a Índia está financiando o conflito. Na minha opinião, essa conclusão poderia ser aplicada a praticamente qualquer país, já que a Rússia, rica em recursos naturais, vende para muitos Estados. Isso significa, essencialmente, que metade do mundo está "patrocinando" a guerra contra a Ucrânia.
Mas para Trump isso não é uma desvantagem, ao contrário, é uma grande vantagem. A lógica é simples: se você não quer que a guerra termine, paga tarifas. Se deseja que a guerra acabe e quer evitar tarifas, compre recursos energéticos em outro lugar, por exemplo, dos Estados Unidos, que estão sempre "prontos para estender a mão a todos que precisarem".
Mais uma vez, Trump tenta "matar dois coelhos com uma cajadada": ao mesmo tempo, em que demonstra ao mundo suas ambições pacificadoras, reforça o orçamento dos EUA. Se as tarifas são impostas sem motivo, recebem críticas de muitos. Mas Trump as justifica dizendo que não o faz "para ganho pessoal, mas em nome da paz mundial".
Agora, voltemos à China, que pode ser atingida por tarifas pela segunda vez. Como o país asiático também compra recursos energéticos da Rússia, Trump pode aumentar as tarifas contra Pequim. A decisão ainda não foi tomada, e há esperança de que uma nova escalada no conflito comercial seja evitada.
No dia 15 de agosto, está prevista uma reunião entre os líderes dos EUA e da Rússia para discutir a crise ucraniana. Se as negociações forem bem-sucedidas, o conflito entrará em uma fase de desescalada. Nesse cenário, as tarifas contra a China não seriam necessárias — pelo menos por enquanto. Contudo, caso as conversas fracassem, Trump terá um novo motivo para justificar um aumento "absolutamente legítimo" no orçamento.
Vale destacar que, por meio das tarifas impostas à Índia e à China, Trump busca pressionar a Rússia, na expectativa de que Nova Délhi e Pequim deixem de comprar petróleo russo. Na prática, porém, nem a Índia nem a China parecem dispostas a abrir mão do petróleo russo, de modo que toda essa situação acaba servindo mais uma vez como pretexto para a imposição de tarifas.
Padrão de onda para o EUR/USD:
Com base na análise do EUR/USD, concluo que o instrumento continua a formar um segmento de alta da tendência. A estrutura de ondas ainda depende integralmente do contexto noticioso relacionado às decisões de Trump e à política externa dos Estados Unidos. Os alvos para esse segmento da tendência podem se estender até a região de 1,25. Portanto, mantenho a recomendação de compras com alvos próximos a 1,1875, que corresponde a 161,8% de Fibonacci, e níveis superiores. Presumo que a formação da onda 4 já esteja concluída. Assim, considero este um bom momento para iniciar posições compradas.
Padrão de onda para o GBP/USD:
O padrão de ondas do GBP/USD permanece inalterado. Estamos diante de um segmento de alta e impulsivo da tendência. Sob o governo Trump, os mercados podem enfrentar inúmeros choques e reversões que poderiam afetar significativamente o padrão de ondas, mas, por ora, o cenário de trabalho permanece intacto. Os alvos para o segmento de alta da tendência agora estão situadas próximo de 1,4017. No momento, presumo que a construção da onda 4 de baixa esteja concluída. Portanto, espero que a sequência de ondas de alta continue e considero compras com alvo em 1,4017.
Princípios fundamentais da minha análise:
- As estruturas de ondas devem ser simples e claras. Estruturas complexas são difíceis de negociar e frequentemente passam por alterações.
- Se não houver confiança na situação do mercado, é melhor ficar de fora.
- Nunca pode haver 100% de certeza sobre a direção do movimento. Lembre-se sempre de utilizar ordens de Stop Loss de proteção.
- A análise de ondas pode ser combinada com outros tipos de análise e estratégias de negociação.