Ontem mesmo escrevi sobre a exigência de Trump para que a União Europeia impusesse tarifas à Índia e à China como parte de sua estratégia contra a Rússia. A própria forma como a questão é colocada levanta inúmeras perguntas, mas é assim que as coisas funcionam em Washington. Trump, que por meses elogiou a Rússia, claramente esperava que sua bajulação ajudasse a encerrar a guerra na Ucrânia. Na prática, no entanto, o desfecho foi outro, e a Casa Branca demonstra insatisfação. Ele segue insistindo para que Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin assinem um acordo de paz, mas já se passou mais de um mês desde a histórica reunião Trump–Putin no Alasca, que supostamente daria início às negociações. Nada avançou.
Diante disso, Trump decidiu agir em todas as frentes ao mesmo tempo. Ele evita impor sanções diretas à Rússia, já que continua a chamá-la de "amiga da América" e ainda nutre a esperança de que Moscou não estreite demasiadamente sua cooperação com Índia e China. Mas é justamente essa a direção tomada. Como resultado, Trump passou a pressionar Pequim e Nova Délhi, enquanto busca ao mesmo tempo canalizar recursos para o orçamento dos EUA.
O objetivo é claro: forçar as duas potências asiáticas a cessarem a compra de energia russa, cortando uma importante fonte de financiamento da guerra do Kremlin. No entanto, tanto a Índia quanto a China já deixaram claro que sua política comercial não se subordina aos caprichos da Casa Branca nem à visão americana da ordem global. Ambas insistem em decidir de forma independente onde e quanto petróleo e gás adquirir para sustentar suas economias. Afinal, se não comprarem da Rússia, de quem comprarão? Trump, naturalmente, preferiria que recorressem aos Estados Unidos.
Enquanto isso, a Europa mostra pouco interesse em impor tarifas à Índia e à China, sobretudo se isso significar prejudicar suas próprias importações de energia russa. Quaisquer tentativas de impor "sanções ao petróleo" têm grandes chances de ser bloqueadas por países como Hungria e Eslováquia, altamente dependentes do fornecimento direto de Moscou.
A União Europeia está avaliando não impor tarifas à Índia, mas sim avançar em um acordo de livre comércio. Para Bruxelas, o objetivo é ampliar a cooperação com a Índia, e não confrontá-la, como propõe Trump. A posição de Washington, naturalmente, é conveniente para si — afinal, os Estados Unidos estão do outro lado do Atlântico, e de lá é fácil ditar regras sobre como os outros devem agir.
Ainda assim, Bruxelas não perdeu o senso de razão nem de independência, e deve agir em função de seus próprios interesses, não em prol das conveniências da política americana. A UE sabe perfeitamente que, em caso de conflito, o impacto recairia sobre a Europa — e não sobre os Estados Unidos.
Padrão de onda do EUR/USD:
Com base na análise do EUR/USD, o instrumento continua A formar um segmento ascendente da tendência. A estrutura da onda ainda depende inteiramente do cenário noticioso, ligado às decisões de Trump e à política interna e externa da nova administração dos EUA. As metas para o segmento de tendência atual podem se estender até o nível 1,25. Como o cenário permanece inalterado, continuo mantendo posições de compras, apesar do primeiro alvo em 1,1875 (161,8% de Fibonacci) ter sido atingido. Até o final do ano, espero que o euro suba para 1,2245, correspondendo a 200,0% de Fibonacci.
Padrão de onda do GBP/USD:
O padrão de ondas para o GBP/USD permanece inalterado. O par encontra-se em um segmento impulsivo de alta da tendência. Sob Trump, os mercados ainda podem enfrentar choques e reversões capazes de afetar significativamente a estrutura das ondas, mas, por ora, o cenário de trabalho permanece intacto e a política de Trump mostra-se consistente. Os alvos para o segmento de alta estão localizados próximo ao nível de Fibonacci de 261,8%. No momento, espero a continuidade da tendência ascendente dentro da onda 3 de 5, visando chegar em 1,4017.
Princípios fundamentais da minha análise:
- As estruturas das ondas devem ser simples e claras. Estruturas complexas são difíceis de negociar e mudam frequentemente.
- Se não tiver certeza da direção do mercado, é melhor não entrar.
- Nunca pode haver 100% de certeza sobre a direção do mercado. Use sempre ordens de Stop Loss de proteção.
- A análise de ondas pode ser combinada com outros tipos de análise e estratégias de negociação.